Quando o direito à greve entra em conflito com o juramento de Hipócrates

A Estátua de Sal

(Isabel Prado Castro, médica, 12/12/2018)

IPC

1. RAZÕES

As razões que fundamentam a insatisfação dos enfermeiros e legitimam o exercício de um direito conquistado há muito pelos trabalhadores nas sociedades ditas democráticas ( em Portugal o direito à greve foi proibido durante o fascismo e recuperado após o 25 de Abril de 1974), são, no essencial, justas. Falta de enfermeiros no SNS, excesso de trabalho, períodos insuficientes de descanso, remunerações baixas, numa profissão de grande exigência humana e longos períodos presenciais Também a questão das carreiras e outras ainda não abordadas, tais como a discussão do eventual novo perfil funcional dos enfermeiros, são pontos importantes para uma reorganização e otimização dos recursos técnicos dos profissionais de saúde.

2. DA GREVE ATUAL

A presente “greve cirúrgica” dos enfermeiros, programada para ser de longa duração, inicialmente um mês e sustentada por um fundo que permite o pagamento de 1200 Euros a cada enfermeiro…

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Política e interesses privados

A Estátua de Sal

(Carlos Esperança, 11/2018)

marta_soares1

Entre as numerosas perversões da perceção dos portugueses, ou do que a comunicação social transmite, sobressaem o endeusamento dos bombeiros e a demonização dos políticos.

Um político que, depois de deixar a Câmara de Poiares num estado financeiro que, num país mais exigente, levaria à extinção do minúsculo município, consegue, depois de a lei o impedir de recandidatar-se à presidência da autarquia, tornar-se presidente da Liga dos Bombeiros e chantagear o Governo. Até mudou de nome, passando de Jaime Soares a Dr. Marta Soares.

Se um ministro chamasse aos bombeiros o que o militante do PSD, com linguagem das claques de futebol, chama a governantes, seria obrigado a demitir-se. Consegue ser mais indelicado que a Dr.ª Cristas na AR a dirigir-se ao PM.

Um político nunca é honesto nem competente, mas o bombeiro é sempre abnegado, apto e incapaz de ter negócios na área do combate…

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A chazada marcelista

A Estátua de Sal

(Daniel Oliveira, in Expresso Diário, 28/09/2018)

daniel2

Aníbal Cavaco Silva aguentou dois anos calado. Ou pelo menos sem opinar sobre o mandato do seu sucessor. Mas, com a direita passista e mediática (redundância) em fúria com a saída da procuradora, transformada contra a sua vontade em Passionaria do justicialismo, ele não aguentou. Achou que estava ali um chamamento. E se Passos saltou do seu túmulo político, Cavaco saiu do seu jazigo.

Para dizer, esperando que o país estremecesse: “Sou levado a pensar que esta decisão política de não recondução de Joana Marques Vidal é talvez a mais estranha tomada no mandato do Governo que geralmente é reconhecido como geringonça”.

Este regresso dos mortos-vivos não teve nada a ver com António Costa ou com Joana Marques Vidal. O alvo era apenas um: o homem que lhes tirou o palco à direita. Mas nenhum teve a coragem de o nomear. Porque os dois…

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O Expresso faz mea culpa

A Estátua de Sal

EXPRESSOD

(Tendo ontem publicado artigo em que verberava a actuação no Expresso no caso da nomeação do novo Procurador-Geral da República, dando como certa em antecipação, e com coloridos detalhes, a recondução de Joana Marques Vidal, o que não veio a ocorrer, a redacção do semanário vem hoje apresentar desculpas. 

Como todos os acusados tem direito à defesa – facto que muitas vezes os jornalistas, e também os do Expresso, esquecem, publico abaixo o texto que a redacção do jornal subscreve sobre o assunto.

Estátua de Sal, 22/09/2018) 

(In Expresso, 22/09/2018)

O Expresso e a PGR

Há uma semana, o Expresso publicou em manchete a notícia “Acordo à vista para manter a PGR”, onde se escrevia que “fontes próximas do processo, que foi estreitamente trabalhado pelo primeiro-ministro e pelo Presidente da República, garantiram ao Expresso que a recondução de Marques Vidal ‘está na calha’”. Esta quinta-feira à noite foi anunciada a…

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Marques, mentes? Minto.

A Estátua de Sal

(Dieter Dellinger, 26/08/2018)

Marques_Mendes

(Hoje, no seu comentário semanal na SIC, o Mendes abriu o “dossier” da recondução da Procuradora Joana, talvez a pedido de Marcelo, que quer colocar o tema na agenda mediática e assim condicionar as opções do Governo. E foi dizendo que a Procuradora fez um mandato excelente. Claro, excelente para a direita, cujas patifarias nunca investigou, a começar pelas do próprio Marques Mendes, acusado pelo fisco em 2014 de lesar o Estado em 773 000 euros. (Ver aqui). Sobre esta história nunca mais se ouviu falar, logo, eu se fosse o Mendes, também queria a recondução da Joana! 🙂

Comentário da Estátua, 26/08/2018)


Estou a ouvir o Marques Mendes a MENTIR com todos os dentes e mais alguns que tem na boca.

O pequeno diz que Joana Marques Vidal acaba o seu mandato em Outubro mais prestigiada que quando começou. Mais prestigiada?

Por ter safado Paulo…

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Construam-me, porra!

A Estátua de Sal

(Daniel Oliveira, in Expresso Diário, 24/08/2018)

Daniel Daniel Oliveira

(Ó Daniel, pede lá um revisor dos textos ao Dr. Balsemão. O texto de hoje, no original, avança com um conceito, no mínimo, pícaro: “obras púbicas”! Que raio de obras são essas? 🙂

Lá teve a Estátua que corrigir a gralha…

Comentário da Estátua)


O mais relevante não é o orgulho com que dizem que aquele “é o maior lago artificial da Europa Ocidental”. O mais importante é não haver ninguém que não reconheça que a paisagem mudou radicalmente. A agricultura de sequeiro foi sendo lentamente substituída pelo regadio, com produção intensiva. Isto levanta preocupações quanto à sustentabilidade dos solos, mas não deixa de ser extraordinário ver herdades abandonadas a serem lentamente ocupadas por olival, amendoal e vinha, por vezes com exageros que justificadamente preocupam ambientalistas, autarcas e populações locais, que não ganham assim tanto com esta intensidade. O erro da monocultura…

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Robles em três andamentos

A Estátua de Sal

(Vários, in Facebook, 28/07/2018, selecção da Estátua de Sal)

robles

(Este alarido todo faz-me sorrir: exige-se à esquerda, para ser coerente, que seja espartana. E tem-se como “normal” que a direita, para ser coerente, seja ávida, implacável no saque, sovina na acumulação. Sempre assim foi na luta política, e sempre assim foi o pensamento dos direitolas: a esquerda que coma moral ao pequeno almoço que nós comemos ovos estrelados…

Aqui deixo três reflexões sobre o tema Robles.

Comentário da Estátua, 28/07/2018)


 Andamento I

O PSD ao exigir a demissão de Ricardo Robles está a reivindicar o exclusivo da especulação imobiliária?

(António Pavão Nunes, 27/07/2018)


 Andamento II

Eu, se fosse ao Robles, oferecia o prédio e pronto. Calava-os a todos. E, por aí, quem tiver dinheiro no banco e for de esquerda, acho por bem que o doe, a bom doar, aos banqueiros. E, por agora, chega. Volto daqui a dias, quando…

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Marcelo, já tens o sermão pronto para os suecos e os gregos?

A Estátua de Sal

(Por Valupi, in Blog Aspirina B, 24/07/20’18)

marcelo_discursa

A 17 de Junho de 2017, no concelho de Pedrógão Grande, deflagrou um incêndio que viria a causar 66 mortos. No dia seguinte, Marcelo Rebelo de Sousa deslocou-se ao local e deixou à Nação uma conclusão do que tinha visto, ouvido e cogitado:

«O Chefe de Estado defendeu que, perante o cenário que lhe foi descrito, "o que se fez foi o máximo que se poderia ter feito".

"Não era possível fazer mais, há situações que são situações imprevisíveis e quando ocorrem não há capacidade de prevenção que possa ocorrer, a capacidade de resposta tem sido indómita", considerou.»

Estas declarações, quiçá as mais objectivas e intelectualmente honestas a respeito do fenómeno a que se pode chegar, de imediato foram sentidas como um soco no estômago pela direita decadente. Marcelo surgia-lhes a cometer o crime de lesa-pulhice ao parecer blindar a tragédia…

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Israel: um novo Estado racista

A Estátua de Sal

(José Pacheco Pereira, in Público, 21/07/2018)

JPP Pacheco Pereira

Sempre fui amigo de Israel e não só pelas razões que vêm do Holocausto. Era também por outras razões, desde aquelas a que, no tempo da fundação do Estado de Israel, o seu primeiro amigo, a URSS, e o Avante! eram pró-israelitas contra “as monarquias feudais árabes”, até aos eventos mais recentes que colocavam uma pequena democracia armada no meio de inimigos governados por ditaduras, umas mais cruéis do que as outras, mas nenhuma recomendável.

Havia muita coisa que era genética no Estado de Israel, fundado por sionistas que eram na sua maioria socialistas, e que tinham ideias utópicas sobre a sociedade, construíram os kibutz no meio dos desertos, e os políticos não usavam gravatas, eram muitas vezes mulheres de força num oceano de homens por todo o lado, Europa e Oriente, e havia uma pulsão igualitária pouco comum. E era um…

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A ‘geringonça’ entre Hegel e Coltrane

A Estátua de Sal

(Pedro Adão e Silva, in Expresso, 21/07/2018)

pad

Nas últimas semanas enraizou-se a ideia de que António Costa estava a iniciar um movimento tático em direção ao centro, aumentando a tensão política com os seus parceiros. O acordo na concertação social em torno do Código do Trabalho, viabilizado entretanto no parlamento pelo PSD, e a entrevista do número dois do Governo, Augusto Santos Silva, sugerindo que uma nova ‘geringonça’ dependeria de posições conjuntas na política externa, dariam conta disso.

E se, além da aproximação de um período de tensão pré-eleitoral e pré-orçamental, não existir, ao contrário do sugerido, nenhum elemento de novidade?

Talvez valha a pena regressar à natureza dos compromissos conjuntos: essencialmente circunscritos a matéria orçamental, a ‘geringonça’ optou por deixar de fora muitas áreas. Contudo, a ausência de muitos temas nos acordos não os retirou do programa de Governo. Precisamente por o entendimento em matérias laborais entre PS, PCP…

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