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(Por Carlos Esperança, 23/03/2018)
O êxodo dos meios rurais, o desordenamento florestal, o excesso de eucaliptos, a incúria dos municípios e proprietários, o negócio dos fogos, a vertigem dos incendiários, a rede elétrica e fenómenos climatéricos anómalos, reuniram-se, no ano 2017, para acrescentar ao desastre habitual, a morte e o sofrimento de numerosas vítimas.
O que se torna obsceno é a mórbida evocação, a impedir o luto do país e, sobretudo das famílias, com fins partidários, e necessidade de esquecer responsabilidades passadas e presentes de uma direita sem pudor, remorsos ou soluções.
Após numerosas missas, exibições de labaredas, reincidentes visitas do PR e evocações diárias da tragédia, repetem-se relatórios, acusações furiosas da direita, com provedores de Misericórdias, vítimas que fazem o luto na televisão, ex-autarcas do PSD nomeados generais de bombeiros e a rede de comentadores que vive da exumação de cadáveres.
Porque é preciso que o fogo das acusações…
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(Por Fernanda Câncio, in Diário de Notícias, 19/03/2018)
Pronto, já está: o secretário-geral de Rio caiu. Estamos contentes e saciados? Felizes com a nossa democracia, o nosso jornalismo, a nossa academia, a nossa justiça? Que bom.
Antes da atual polémica, só associava o nome do ex secretário-geral do PSD (demitiu-se enquanto escrevia este texto) a um episódio em que me causou boa impressão. Em agosto, numa altura em que o seu partido apresentava um candidato autárquico com discurso xenófobo em Loures, verberou duramente Passos por este, no último comício do Pontal, associar imigração a criminalidade e terrorismo e manifestar preocupação pela possibilidade de “qualquer um poder entrar em Portugal”.
Numa articulada entrevista ao Expresso, Barreiras Duarte, que foi secretário com a tutela da Imigração em governos de Barroso, Santana e do próprio Passos, criticou aquilo que descreveu como “análises e proclamações políticas baseadas no achismo” e, afirmando que a…
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Semanalmente, ao sábado, no Expresso, o Presidente Marcelo, por interpostos porta-vozes raramente identificados mas citados em discurso directo, dá a conhecer aos portugueses as tácticas e estratégias que tenciona levar a cabo no futuro próximo. A gravidade de algumas das intenções do Presidente (não desmentidas) deveriam merecer discussão. Porém, estranhamente, são ignoradas por partidos, jornalistas e comentadores, como se não as levassem a sério, o que não abona a favor do Presidente nem do jornal que o cita.
Na edição da semana passada, o Expresso tinha já informado que o Presidente usará os seus poderes de influência e a sua popularidade para impedir que António Costa consiga uma maioria absoluta nas legislativas de 2019. Essa hipótese é mesmo considerada “em Belém” o “pesadelo” do Presidente. Esta semana, o semanário acrescenta que o Presidente está expectante sobre a capacidade de Rui Rio se afirmar mas “se Rio não for…
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(Francisco Louçã, in Expresso Diário, 13/03/2018)
Entre o deslumbramento quente e o cinismo frio, os comentários ao congresso do CDS passam por todas a matizes. O que só prova o sucesso da reunião e de Assunção Cristas: ser discutida é melhor do que ser ignorada, criar confusão entre os interpretadores é sinal de que é levada a sério. Alguns comentadores acharam encantador o atrevimento; logo aplaudem aquela de querer passar a ser o partido dos 59 deputados, para ter mais um do que a metade de 116, mas no mesmo compasso acham a coisa estapafúrdia, significaria ter mais do triplo dos deputados atuais, aliás alguns emprestados pelo PSD nas listas da coligação da saudosa PAF.
Explica Adolfo Mesquita Nunes, rock star da abertura liberal de Cristas, aqui no Expresso: não a levem à letra, ela quer ser primeira ministra e pisar o PSD, só não sabe é quando, se não…
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