(Daniel Oliveira, in Expresso Diário, 28/09/2018)
Aníbal Cavaco Silva aguentou dois anos calado. Ou pelo menos sem opinar sobre o mandato do seu sucessor. Mas, com a direita passista e mediática (redundância) em fúria com a saída da procuradora, transformada contra a sua vontade em Passionaria do justicialismo, ele não aguentou. Achou que estava ali um chamamento. E se Passos saltou do seu túmulo político, Cavaco saiu do seu jazigo.
Para dizer, esperando que o país estremecesse: “Sou levado a pensar que esta decisão política de não recondução de Joana Marques Vidal é talvez a mais estranha tomada no mandato do Governo que geralmente é reconhecido como geringonça”.
Este regresso dos mortos-vivos não teve nada a ver com António Costa ou com Joana Marques Vidal. O alvo era apenas um: o homem que lhes tirou o palco à direita. Mas nenhum teve a coragem de o nomear. Porque os dois…
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