(Clara Ferreira Alves, in Expresso, 25/04/2015)
Na vulgata bíblica, o nosso coelho seria um bem-aventurado, bem-aventurados os pobres de espírito porque deles será o reino dos céus.
Temos de considerar os pronunciamentos do primeiro-ministro como indissociáveis do dr. Passos Coelho. O que quer dizer que quando diz uma palurdice com jovialidade ou desdém, o primeiro-ministro fala. E Passos Coelho diz não uma mas várias palurdices. Anote-se a imaginativa comparação de Portugal com Singapura e a aposta na “competitividade” da economia portuguesa (a sétima mais lenta do mundo). É a comparação do sétimo cágado do mundo com o galgo asiático. Calcula-se que o nosso primeiro nunca tenha posto um pé em Singapura e muito menos passado os olhos pelas obras completas de Lee Kwan Yew. Um fez do prostíbulo e entreposto colonial de Singapura um país moderno, próspero e que trata bem os seus nacionais, outro esqueceu-se…
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