(Pedro Santos Guerreiro, in Expresso Diário, 22/04/2015)
Até ontem, o PS não fazia oposição, estava contra. E isso esvaziava o debate político, deixando um espaço que ia sendo preenchido com frases, casos, bombinhas e bombocas; a forma a fazer de substância. Ontem, passámos do polemizar para o polarizar. Porque agora já há oposição que se veja, que se debata, que conteste e que se conteste.
A oposição existe agora não como abstração entre PSD/CDS e PS mas como coisa concreta entre, do lado do governo, o Programa de Estabilidade e o Programa de Reformas e, do lado dos socialistas, o documento das propostas para a próxima década. Não por acaso, o primeiro confronto não é entre as políticas em si, mas sobre a credibilidade das previsões e dos cenários implícitos.
Já ontem escrevi que as políticas neste momento em confronto são absolutamente simétricas, tão próximas uma da…
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